quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Primeiro Dia em Montréal

Bom dia!

Seguindo a série "postagens com uma semana de atraso", seguem as novidades do primeiro dia de vida em nosso novo lar:

Estou hospedado na casa de amigos, que gentilmente me cederam o quarto do bebê. No primeiro dia, acordei com calor, pois os aquecedores (chauffage) do apartamento são bastante eficientes, e a gente fica realmente suando... Lá fora estava muito frio, mas o dia amanheceu com céu limpo, sem nuvens, então, resolvi sair para uma corridinha. Foi uma grata surpresa... O lugar onde estamos aqui é muito bonito, e tem pistas de corrida em meio a bosques de maple, tudo amarelinho e vermelho. Muitos esquilos correndo pela floresta. O cara aqui ficou impressionado... Bem, posso dizer que a primeira impressão foi "romântica".

Depois da corrida, fui para o centro fazer a primeira coisa que todo o imigrante deve fazer: o Social Insurance Number (SIN), ou Numéro d'Assurance Social (NAS). É uma espécie de CPF, que lhe dá direito a um monte de coisas. E para trabalhar, os recrutadores costumam pedir o primeiro número do NAS para saber o seu status como imigrante. O número "9" não é bem visto aqui, pois é visto temporário, ou seja, você pode ser um refugiado, e tem muito disso aqui. O meu número - confidencial - começa com "3" - residente permanente. Para fazer o NAS, bastou eu ir no Service Canada. Tem vários escritórios espalhados pela cidade. Eu fui no centre-ville (200 Blvd René Levesque ouest). Fui atendido prontamente, sem filas, e em menos de 10 minutos já estava com o NAS. Não perguntaram nada do CSQ.

Então, mais uma novidade: aqui as grandes ruas e avenidas possuem o título de "Est" e "Ouest", e para quem não está acostumado, isso pode ser um desperdício de tempo. Então, caminhei até o número 200 da René Levesque para descobrir que ele não existia, porque eu estava indo na direção "Est". Tive que voltar até o zero e começar tudo de novo na direção "Ouest"...

A primeira impressão foi a do transporte público. Aqui, você paga por tempo de uso, e não por viagem. Então, custa $2,75 por 2h de transporte. Neste período, você pode usar o que quiser: ônibus (autobus), metrô (metro), e acho que até o trem (train de banlieue). Então, já comprei um cartão para 1 semana, que me saiu $18. Por este preço, ando quantas vezes quiser durante a semana toda. Quando já estivermos com a rotina por aqui, também posso comprar o passe mensal, que custa $70 e vale do primeiro ao último dia do mês.

No centre-ville, muitas obras. Parece que a cidade inteira está em reforma. Os prédios são muito antigos (exceto os do governo, que são novos), e em cada esquina existe um lugar para alugar bicicletas e existem ciclo-faixas (pequenas ruelas sinalizadas onde só andam bicicletas) por todas as ruas. Você passa o cartão de crédito e por $5 você anda meia-hora. Isso é caro, mas se você comprar um cartão para toda a temporada (março a novembro), custa só $78. Você pode alugar só por meia-hora também, mas um colega aqui de Montréal disse que você deixa a bici em outro quiosque antes que complete-se a meia-hora e pega outra. Enfim, este transporte não é para passear. É para se deslocar rapidamente no centre-ville e outros lugares de Montréal. Sempre ao lado das estações de metro tem um quiosque de bicicleta.

A segunda atividade do dia foi me inscrever no sistema público de saúde (Régie d'Assurance Maladie). Lá a gente passa por uma rápida triagem, então, recebe uma senha e fica aguardando. Eles nos chamam e a gente vai para o guichê ser atendido. A mulher pediu o CPR (segunda-via do comprovante de residente permanente, que entregam no aeroporto) e o passaporte. Pediu também o CSQ (lá vem o golpe.... pensei). Então, falei: não tenho! E ela disse "tudo bem. Vou colocar aqui que você não tem". E precisava também do comprovante de endereço. Como ainda não tenho endereço, ela disse que este documento ficou pendente e que eu precisaria enviar um fax posteriormente para eles com uma declaração solene autenticada, com o meu hospedeiro aqui de Montréal dizendo que eu realmente resido com eles. Aqui é mais fácil, pois bancos, repartições públicas, universidades, delegacias de polícia, muitas repartições que têm fé pública podem ser usadas para autenticar assinaturas. Então, o meu hospedeiro foi depois comigo ao banco e assinou na frente do atendente. Este, por sua vez, assinou também e colocou o carimbo. Daí, enviei mais tarde por fax para eles. Espero que esteja tudo certo. O cartão de Assurance Maladie leva 3 meses para chegar.

E assim, houve uma tarde, uma manhã, primeiro dia... E seguimos com passos firmes de quem sabe onde quer chegar!!!

Abração e a Paz

4 comentários:

Eliane disse...

Parabéns família Schltz,
estava lendo os relatos e pensando como é bom a gente conseguir atingir um sonho. Muita sorte para vcs. Fico muito feliz em saber que tudo está dando certo e vcs estão onde queriam chegar.
Bjkas e tudo de bom!

Eliane disse...

Parabéns família Schltz,
estava lendo os relatos e pensando como é bom a gente conseguir atingir um sonho. Muita sorte para vcs. Fico muito feliz em saber que tudo está dando certo e vcs estão onde queriam chegar.
Bjkas e tudo de bom!

Paola disse...

igor! que emocao ... parabens e que tudo continue dando certo como tem dado ate agora. que deus os abencoe! beijos, paola

É Nóis no Canadá disse...

Oi Amigo,
Que bom que tem dado tudo certo por aí!!!
Se Deus quiser, em breve nos encontraremos aí.
Bjs